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Bronquiolite …. vamos ajudar!

A Fisioterapia Respiratória Pediátrica 

A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica manual, que tem um papel fundamental na prevenção e no tratamento de complicações pulmonares. A fisioterapia respiratória tem um papel importante na pediatria, uma vez que nesta faixa etária é muito frequente o aparecimento de patologias respiratórias, sendo a Bronquiolite viral aguda (BVA) a mais comum. 

A Bronquiolite é uma infeção respiratória aguda, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquiolos), através de um processo inflamatório. conduzindo a um quadro respiratório do tipo obstrutivo. Esta patologia, tem em média uma duração de doze dias, sendo bastante comum em crianças com idade inferior a dois anos. 

A Bronquiolite manifesta-se por um conjunto de sintomas e sinais clínicos, que inclui um periodo inicial de infeção respiratória das vias aéreas superiores, com duração de três a cinco dias, caracterizado por obstrução nasal e rinorreia, com ou sem febre. À medida que a infeção progride para as vias respiratórias inferiores, podem surgir sintomas como tosse, dispneia e pieira. Com o agravamento do quadro clínico surgem sinais evidentes de dificuldade respiratório tais como taquipneia, ruído expiratório, adejo nasal, tiragem e uso de músculos acessórios nos casos mais graves.

No exame ojetivo, o toráx pode estar visivelmente expandido e a auscultação é possível detetar ruídos adventíios como sibilâncias, fervores e por vezes roncos bilaterais. Assim sendo, a fisioterapia respiratória tem um papel muito importante, pois tem como grandes objetivos ajudar as crianças a expulsar as secreções, diminuir o esforço respiratório, melhorar as trocas gasosas e evitar a admnistração desnecessária de antibióticos desnecessários, corticostéroides, broncodilatadores e o uso de oxigénio. A eliminação das secreções, contribuiu de forma bastante significativa para a redução da obstrução das vias aéreas e do trabalho respiratório e consequente melhoria das trocas gasosas. 

O fisioterapeuta deve realizar uma avaliação do estado clínico da criança, tendo em especial atenção aspetos como o motivo da consulta , os exames complementares de diagnóstico e parâmetros como sinais de dificuldade respiratória, saturação de oxigénio, frequência cardíaca e respiratória. Para além disso, deve-se efetuar a auscultação afim de identificar os ruidos adventícios e localizar as secreções na arvóre respiratória.

A abordagem da fisioterapia na Bronquiolite, baseia-se essencialmente em técnicas como: expirações lentas, profundas e prolongadas, desobrtução rinofaríngea retrógrada, aspiração naso-faríngea, aumento do fluxo expiratório e tosse provocada. Assim, o fisioterapeuta mediante a sua avaliação, vai escolher qual ou quais as técnicas que deverá recorrer para intervir. 

Durante a sessão, o fisioterapeuta vai auscultar a criança para que possa assim controlar a evolução do tratamento e decidir se deve modificar as técnicas ou continuar.

Foram feitos estudos que avaliaram crianças com Bronquiolite, durante o inverno, e concluiram que as crianças que realizavam fisioterapia respiratória, obtinham melhorias significativas no seu estado clínico e não haveria necessidade de tratamento medicamentoso. 

Pode-se assim concluir, que as atuais técnicas de fisioterapia respiratória, afirmam-se como seguras e potencialmente efetivas no tratamento de Bronquiolite Viral Aguda.

Relembramos a Equipa de Profissionais disponível na Unidade de Pediatria da Casa de Saúde São Mateus Hospital, onde estas e outras dúvidas, que acompanham um crescimento saudável das nossas crianças e adolescentes, tem uma resposta.

Dra. Micaela Rodrigues

Ana Micaela Rodrigues

Profissional de Saúde, Fisioterapeuta na CSSMH