Se eu não gostar de mim, quem gostará?
As competências socioemocionais têm estado cada vez mais na ordem do dia, tanto nas famílias como nas escolas, sendo alvo de interesse atual quer na investigação quer nos diversos programas de intervenção.
Referem-se à nossa capacidade de identificar, compreender, regular e expressar emoções e de construir relacionamentos saudáveis, positivos e felizes. Adquirir estas competências é uma das tarefas de desenvolvimento mais importantes na infância e na adolescência e estabelece as bases para um desenvolvimento equilibrado no domínio social, cognitivo e emocional.
A investigação tem demonstrado que a aprendizagem (competência académica) das crianças e dos adolescentes desenvolve-se numa interação entre competências cognitivas, sociais e emocionais, e fatores como a curiosidade, a persistência e a capacidade de lidar com sentimentos e desafios são fundamentais para as suas aquisições e capacitadores de estabilidade mental.
O desenvolvimento das competências socioemocionais, tem um impacto significativo e positivo ao nível da autoestima.
Ter uma autoestima saudável implica conseguir identificar, compreender e aceitar as suas fraquezas, bem como apreciar/celebrar as suas potencialidades.
Assim, na concretização inicial de todo este processo, na procura e descoberta de mim próprio, alguns exercícios diários poderão funcionar como condutores deste autoconhecimento – Reflexões diárias: colocando-me algumas questões como: O que me tranquiliza? O que me irrita? O que me deixa triste? O que me deixa alegre? Aprendi uma coisa complicada? Senti-me orgulhoso de mim? Fiz alguém feliz?…; “Afinar” a sua voz interior – falando consigo próprio com carinho, substituindo palavras de autocritica que o magoam por palavras que o apoiam e incentivam…
Estratégias simples que cada um de nós pode utilizar, enquanto criança, adolescente e adulto, porque lembre-se: nunca é tarde para melhorar as suas capacidades de comunicação, empatia e autoconfiança, ou seja, para desenvolver as suas competências socioemocionais e gostar (ainda) mais de si próprio…
Deixamos-vos um pequeno desafio:
– Diariamente, teça, pelo menos, três elogios a si próprio… Cuidando de si…!
Se não gostar de si, quem gostará?
Drª Ana Rita Pereira – Psicóloga
Drª Cláudia Soares – Psicóloga
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